Calvície e queda de cabelos em homens: uma condição hereditária

12 de janeiro de 2016

Estima-se que mais de 25 milhões de brasileiros do sexo masculino sofram de algum grau de calvície. A mais comum delas é a calvície de padrão masculino ou alopecia androgênica. “Andro” refere-se aos andrógenos (testosterona, dihidrotestosterona) necessários para produzir perda de cabelo de padrão masculino. “Gênica” refere-se ao gene herdado necessário para esta forma de calvície ocorrer. Em homens afetados, a perda de cabelo pode começar a qualquer momento após a puberdade, quando os níveis sanguíneos de androgênios sobem. A primeira mudança é geralmente recessão nas áreas temporais, que ocorre em cerca de 96% dos homens brancos maduros, incluindo aqueles não destinados a progredir para a calvície.

Hamilton e mais tarde Norwood classificaram os padrões de calvície de padrão masculino (ver ilustração abaixo). Embora a densidade do cabelo tenda a diminuir com a idade em todos os casos, não há como prever qual padrão de calvície terá um jovem que apresenta os primeiros sinais de perda de cabelo. Em geral, os que começam a perder cabelo na segunda década são aqueles nos quais a perda de cabelo será mais grave. Em alguns homens, a perda de cabelo se inicia apenas a parir dos 30 ou 40 anos. É consenso geral que a calvície tem uma incidência de 20% entre os homens em seus 20 anos, de 30% entre os homens com 30 a 40 anos, de 40% entre os homens em seus 40 anos e assim por diante. A partir destes números, pode-se estimar que um homem de 90 anos têm 90% de chance de ter algum grau de calvície.

Hamilton primeiro notou que os andrógenos (testosterona, dihidrotestosterona) são necessários para o desenvolvimento da calvície masculina. Sua quantidade não é necessariamente maior nos calvos. Se os andrógenos estão presentes em quantidade normal e há o gene que predispõe à calvície, ela vai ocorrer.
Os pelos das axilas e pubianos são dependentes de testosterona para o crescimento. O crescimento da barba e a perda de cabelo de padrão masculino são dependentes de dihidrotestosterona (DHT). As células do folículo capilar tem receptores que se ligam ao DHT. Ele adentra as células por estes receptores e altera a produção de proteína pelo DNA da célula. No longo prazo, o crescimento do folículo piloso para. Este processo se chama miniaturização.

A testosterona é convertida em DHT pela enzima 5¤ – reductase. O medicamento Finasterida bloqueia esta enzima, diminuindo a quantidade de DHT no organismo.

Em homens com calvície padrão, todos os cabelos de uma área podem ser afetados pela miniaturização e esta área pode ficar coberta com cabelos finos (penugem) ou ter os folículos eliminados, ficando completamente sem pelos ou cabelos.

Calvície masculina é uma condição hereditária e o gene pode ser herdada da mãe ou do pai. Há um mito comum que a tendência à calvície é herdade pelo lado da mãe. Isso não é verdade.

Em resumo, a calvície de padrão masculino (alopecia androgenética) é uma doença hereditária que se manifesta quando androgénios estão presentes em quantidades normais. O gene pode ser herdado do lado da mãe ou do pai. O momento do início, a velocidade e a extensão da perda de cabelo são imprevisíveis. A gravidade aumenta com a idade e se a condição está presente será progressiva e inexorável.

A calvície tem maior probabilidade de se manifestar entre o fim da adolescência e os 40-50 anos. Homens com parentes que apresentam calvície de padrão masculino tem maior expectativa de desenvolver esta condição.

Escala Norwood-Hamilton da calvície masculina

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Fonte: ABCRC

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